O Ministério da Fazenda lançará, nos próximos dias, na Bolsa de Valores de Nova Iork, os chamados green bonds – títulos verdes que visam capitalizar mais de US$ 2 bilhões no mercado internacional. A ideia do governo brasileiro é que os recursos sejam aplicados em projetos sustentáveis que visem tanto a produção de energia renovável e a eficiência energética, como temas ligados à preservação dos biomas nativos e dos recursos naturais. Nesta terça-feira (05), o Tesouro Nacional publicou o documento que traça as diretrizes para a emissão dos títulos junto aos investidores internacionais. As regras foram elaboradas pelo Comitê de Finanças Sustentáveis Soberanas e contou com apoio do Banco Mundial e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O que são green bonds?

Tratam-se de títulos de renda fixa emitidos por empresas, governos e organizações para viabilizar iniciativas econômicas de sustentabilidade.

Os green bonds vêm ganhando destaque no mundo por conta do cenário atual de investimentos, uma vez que estão disponíveis em vários mercados e podem ser uma importante ferramenta de alavancagem para novas iniciativas e tecnologias.Os green bonds vêm ganhando destaque no mundo por conta do cenário atual de investimentos, uma vez que estão disponíveis em vários mercados e podem ser uma importante ferramenta de alavancagem para novas iniciativas e tecnologias.

Como funcionam os green bonds?

O dinheiro arrecadado dos investidores e sua emissão ocorre da mesma forma que qualquer outro título governamental ou privado. Os investidores que compram os papéis esperam um retorno financeiro com a valorização dos títulos.

Antes de serem aplicados, os green bonds precisam ser verificados por instituições que têm o papel de atestar a validade dos projetos sustentáveis aos quais os recursos serão destinados.

Primeiro, é feita uma análise de mercado e a elaboração do projeto. Após isso, as empresas ou governos elaboram um plano com foco ambiental ou que contribua para o combate às mudanças climáticas.

Em seguida, é feita a certificação. Antes de ser emitido, o título deve ser analisado por uma avaliadora externa para garantir que os recursos serão destinados para os projetos verdes e com indicadores de impacto bem definidos.

O terceiro passo é a emissão e oferta do título aos investidores. Um órgão intermediador, como um banco, uma agência financeira ou corporações credenciadas emitem o título.

Por fim, é feita a pós-emissão, onde deverão ser reportados os relatórios contendo o detalhamento dos investimentos do título verde. Além disso, também é necessária a apresentação de garantias para emissão dos green bonds.

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